Os já estão na odontologia há bastante tempo sendo usados em larga escala e com altas taxas de sucesso.
A carga imediata em implantes já não é uma novidade e é efetuada no momento da instalação do implante.
Muitos pacientes chegam ao nosso consultório com dúvidas sobre esse tipo de tratamento, portanto este texto visa abordar os pontos básicos e tentar sanar as dúvidas do público em geral.
Carga imediata é a colocação de um dente (coroa provisória) diretamente sobre o implante logo após a cirurgia, ou seja, o paciente já sai da cirurgia com o ‘dente fixo’ no implante.
Em raras ocasiões iremos confeccionar o dente definitivo diretamente sobre o implante.
Além disso, existem alguns parâmetros básicos para o uso dessa técnica. Também a colaboração do paciente é essencial para não ocorrer nenhum problema com o tratamento.
A grande vantagem do uso da carga imediata é sem dúvida a colocação do dente provisório diretamente sobre o implante, principalmente em área estética como ocorre na ausência de dentes anteriores, beneficiando assim o sorriso do paciente.
Outra vantagem é obviamente o menor tempo de tratamento. Pois, ao invés de esperarmos o tempo de 3 a 6 meses para colocar carga no implante (usar uma coroa provisória), nos já podemos instalá-la no ato cirúrgico.
Esse terceiro fator está intimamente ligado com os demais.
Afinal, o uso da carga imediata já possibilita uma estética superior do que se fosse ficar sem o dente em questão.
O conforto esta justamente por não precisar usar algum tipo de prótese removível, já que o dente estará fixo nos implantes.
Para o implante estar apto a receber a carga imediata, ele tem que ter um travamento mínimo no osso.
O que isso quer dizer?
Quando instalamos o implante dentário ele pode ter um torque (travamento) no osso maior ou menor e isso depende de uma série de fatores relacionados ao caso e ao paciente.
Portanto, somente casos onde esse travamento foi adequado poderemos utilizar esta técnica.
No caso da carga imediata, damos preferência ao uso em dentes anteriores.
Primeiramente, porque é a área onde a estética é mais importante. Em segundo lugar é onde as forças mastigatórias são menores, ocasionando menor trauma no implante e também menor possibilidade de perda.
A frase ‘cada caso é um caso’ se aplica aqui!
Para o uso desta técnica, temos que avaliar com bastante cuidado qual o tipo de tratamento iremos realizar, pois existem outras limitações que teremos que analisar com calma junto ao paciente.
Existem limitações?
Claro.
Estamos lidando com uma situação em que o implante não está ancorado de forma ‘definitiva’ ao osso, ou seja, ainda vai ocorrer o processo da osseointegração.
Assim, para “proteger” o implante contra forças indesejadas que podem levar a perda do mesmo, temos que seguir alguns critérios.
Primeiramente o dente provisório pode ficar em tamanho menor do que os demais, justamente para evitar o toque durante a mastigação com o dente antagonista e assim evitar uma força excessiva.
Em segundo lugar, o paciente tem que ter a consciência que é um dente provisório sobre um implante recém colocado. Portanto, deve-se evitar a mastigação de alimentos duros sobre a região a fim de preservar o implante.
Temos que ter em mente que a carga imediata em implantes é uma realidade e que podemos utilizar durante o dia-a-dia.
Porém, temos que analisar cada caso em particular seguindo alguns critérios pré-estabelecidos para o sucesso a longo prazo do .
Att,
Davi Frossard.